Ensinamento de Meishu Sama:
O corpo espiritual do homem tem uma forma idêntica à do seu corpo físico.
A única diferença é a sua vestimenta espiritual que, no Ocidente, recebe o nome de aura.
O corpo espiritual irradia uma espécie de incessante vibração luminosa que forma a aura.
A cor desta é geralmente branca, mas certas pessoas têm auras de tonalidade amarelo claro ou roxo claro.
Sua espessura também varia.
Geralmente é de três centímetros.
A dos doentes, porém, é mais fina, diminuindo de acordo com a gravidade da doença.
Pouco antes da morte, a aura desaparece por completo.
Quando dizem que a sombra de uma pessoa é muito fraca, é por causa da pequenez de sua aura.
O indivíduo saudável, ao contrário, tem a aura mais ampla.
A das pessoas virtuosas, além de ser ainda maior, tem uma vibração luminosa mais forte.
A dos heróis e eruditos é mais larga que a dos homens comuns, e a dos santos adquire uma grande amplitude.
A espessura da aura, porém, não é definitiva, pois modifica-se continuamente, de acordo com os pensamentos e atos do indivíduo.
Quem pratica atos virtuosos baseados na justiça, tem uma aura espessa, mas quem comete atos malévolos tem a aura fina.
Geralmente, a aura é invisível para o homem comum, embora haja pessoas que a enxergam.
Qualquer indivíduo, entretanto, pode percebê-la, até certo ponto, desde que se concentre e fixe o olhar.
A amplitude da aura está intimamente relacionada com o destino.
Quanto maior, mais feliz será o indivíduo e vice-versa: quanto menor, mais infeliz.
Quem tem a aura ampla emite mais calor humano e proporciona uma sensação de bem-estar àqueles com quem entra em contato, atraindo muitas pessoas, porque as envolve com sua aura.
O contato com uma pessoa de aura fina, ao contrário, produz uma sensação de frio, mal-estar e tristeza, fazendo com que não se tenha vontade de permanecer muito tempo ao seu lado.
Por isso, esforçar-se por adquirir uma aura ampla é a base da felicidade.
Mas como fazer para ampliá-la?
Antes de tudo, devo esclarecer a essência da aura.
Todos os pensamentos e atos humanos pertencem ao bem e ao mal.
A espessura da aura é proporcional à quantidade de pensamentos bons e maus.
Internamente, quando uma pessoa pratica o bem, sente uma satisfação na consciência.
Esses pensamentos se convertem em luz, somando-se a luz do corpo espiritual.
Quando, ao contrário, os pensamentos e atos sãos maus, estes se convertem em nuvens do corpo espiritual.
Externamente, quando se faz o bem aos outros, os pensamentos de gratidão das pessoas beneficiadas também se convertem em luz.
Transmitidos através do fio espiritual para a pessoa que praticou o bem, aumentam a luz desta.
Quando, ao contrário, a pessoa recebe transmissões de pensamentos de vingança, ódio, ciúme ou inveja, suas nuvens aumentam.
Por isso, é preciso praticar o bem e proporcionar alegria aos outros, evitando provocar pensamentos de vingança, ódio ou ciúmes.
Esta é a razão pela qual pessoas que obtiveram um sucesso rápido, acumulando fortuna em pouco tempo, geralmente não tardam a conhecer o fracasso e a ruína.
Tais pessoas, julgando que devem o êxito à sua própria capacidade, habilidade e esforço, tornam-se vaidosas e egoístas, entregando-se a uma vida luxuosa.
Assim, acumulam nuvens provocadas pelos pensamentos de vingança, ódio ou ciúmes, emitidos pelas muitas pessoas as quais prejudicaram.
Consequentemente, sua aura perde a luminosidade, diminui e o indivíduo finalmente se arruina.
Essa também é a causa da ruína de famílias que foram prósperas durante gerações.
Quem ocupa uma posição social superior é beneficiado pelo país e a sociedade.
Portanto, deve retribuir beneficiando amplamente a sociedade e, por meio desses gestos, apagar continuamente as próprias nuvens.
A maioria, porém, só pensa em seus desejos egoístas e pratica poucos atos altruístas, aumentando a quantidade de suas nuvens.
Por isso, embora ostentem magnificência, o seu espírito é miserável.
Consequentemente, pela lei da procedência do espírito sobre a matéria, finalmente se arruinam.
Pouco antes do grande terremoto de Tóquio, um vidente me disse: "Embora seja uma cidade de arranha-céus, Tóquio, sob o ponto de vista espiritual, é um aglomerado de favelas".
Mais tarde, o que ele viu se concretizou de modo assombroso.
Quando o famoso multimilionário John Davison Rockefeller ainda era office-boy nos Estados Unidos, começou a contribuir para a Igreja Católica, achando que o homem deve praticar boas ações.
Inicialmente, contribuía com 5 cents por semana.
À medida que ia aumentando o seu salário, ele aumentava o valor das contribuições. Finalmente, fundou a Instituição Rockefeller.
Todas as suas contribuições foram anotadas num caderno que foi guardado como um tesouro por sua família.
Outro exemplo é o de Andrew Carnegie, que fundou a maior usina siderúrgica dos Estados Unidos.
Pouco antes de morrer, Carnegie decidiu fazer o que sempre pregara: doou toda a sua fortuna de bilhões de dólares a obras sociais.
Para o seu herdeiro, deixou apenas um milhão de dólares e o custeio de seus estudos universitários.
Só no ano de 1903, as suas contribuições para universidades, bibliotecas e laboratórios foram da ordem de 10 milhões de dólares.
Mas o montante de suas contribuições anônimas foi duas ou três vezes maior.
Logo após a Segunda Guerra Mundial, Carnegie destinou uma enorme soma para a Fundação da Paz Internacional.
Uma parte dessa contribuição permitiu que se fizessem profundas pesquisas sobre a relação entre a guerra e a criminalidade.
Esses estudos forma completados pelo professor Walter Lippmann e publicados num livro que contribuiu enormemente para a felicidade mundial.
Quando pensamos nesses fatos, compreendemos de onde vem a prosperidade dos Estados Unidos.
Comparativamente, o empresariado japonês foi muito egoísta.
A ruína dos grandes empresários japoneses após a Segunda Guerra não ocorreu por acaso.
Quanto mais fina for a aura de um indivíduo, mais facilmente ele sofrerá infortúnios e acidentes, porque o seu cérebro, devido às nuvens, não funciona adequadamente.
Falta-lhe o correto discernimento e o poder de decisão, além do que ele não consegue prever as coisas.
Por isso, sonhando com o êxito instantâneo, apressa-se, pondo tudo a perder e acumulando mais nuvens.
Esse tipo de pessoa pode ter um pequeno sucesso mas, a longo prazo, infalivelmente malogra.
Quando a política de um país vai mal, é porque os seus políticos tem a aura fina.
Ao mesmo tempo, o povo que sofre as consequências dessa má política também tem a aura fina. Isto é inevitável.
Quem tem muitas nuvens está sujeito a sofrer acções purificadoras; facilmente contrai doenças ou sofre acidentes.
Quem sofre um acidente de trânsito é porque tem a aura fina.
Quem tem a aura espessa escapa do perigo em qualquer circunstância.
Por exemplo, quando há um choque de veículos, o espírito de um bonde ou de um carro atinge aquele que tem a aura fina, mas não atinge quem tem a aura espessa.
Há pessoas que, mesmo sendo atropeladas, não sofrem o menor arranhão. Isto se deve a espessura e elasticidade de sua aura.
Quando pensamos nessas coisas, vemos que o único meio para ser afortunado é praticar o bem e a virtude, ampliando a própria aura.
Muitas pessoas se queixam de ter nascido sem sorte.
Obviamente, é porque desconhecem esses fatos.
Também no caso do Johrei, quando a pessoa que o ministra tem uma aura espessa, obtém melhores resultados.
Quanto maior o número de pessoas salvas por adepto e quanto mais pensamentos de gratidão receber, mais espessa se tornará a sua aura e mais eficiente será o seu Johrei.