quarta-feira, 18 de julho de 2012

Alegoria da caverna





Alegoria da caverna

Platão relata uma parábola que se chama habitualmente o mito ou alegoria da caverna:
Imagine algumas pessoas que habitam em uma caverna subterrânea. Estão sentadas de costas para a entrada, amarradas pelos pés e pelas mãos, de modo que só podem olhar para a parede da caverna. Detrás delas, há um muro alto, e por detrás do muro caminham uns seres que se assemelham às pessoas.
Levantam diversas figuras por cima da borda do muro. Detrás destas figuras, arde uma fogueira, através da qual projeta sombras flamejantes contra a parede da caverna. O que somente podem ver estes moradores da caverna é, portanto, esse “teatro de sombras”.
Estiveram sentados na mesma posição desde que nasceram, e creem, por isso, que as sombras são a única coisa que existe.
Imagine agora que algum dos habitantes da caverna começa a perguntar-se donde vêm todas essas sombras da parede e da caverna, ao final, consegue se soltar. O que acreditas que ocorre quando se vira até as figuras que são sustentadas por detrás do muro?
Evidentemente, o primeiro que ocorrerá é que a forte luz lhe cegará. Também lhe cegarão as figuras nítidas, já que, até este momento, só havia visto as sombras da mesma. Se conseguisse atravessar o muro e o fogo, e sair para a natureza, fora da caverna, a luz lhe cegaria ainda mais. Porém, depois de ter-se refeito da cegueira, haver-se-ia dado conta da beleza do todo. Pela primeira vez, veria cores e silhuetas nítidas, veria verdadeiros animais e flores, das quais as figuras da caverna eram apenas cópias deformadas. Mas, também se perguntaria de onde vêm todos os animais e flores.
Então, veria o sol e o céu, e compreenderia que é o sol o que dá vida a todas as flores e animais da natureza, da mesma maneira que poderia ver as sombras na caverna graças à fogueira
Agora, o feliz morador da caverna poderia correr pela natureza, celebrando sua liberdade recém conquistada. Porém, recorda-se dos que ficaram abaixo, na caverna. Por isso volta a descer. De novo as imagens da parede são só cópias bruxuleantes das coisas reais. Porém, ninguém acredita nele.
Apontam para a parede da caverna dizendo-lhe que o que viam é tudo o que existe. Ao fim, matam-no.
[Versão didática apresentada por Jostein Gaarder em sua obra “O Mundo de Sofia”]

Nenhum comentário:

Postar um comentário